O lugar onde moro
é lá na Varginha.
Todo mundo que
mora lá
joga lixo
na valetinha.
As águas que descem
de lá
não descem
mais limpinhas.
A felicidade
que descia
pelo meu rio,
não desce mais
como poesia.
As pessoas que
moram lá
não sabem
o que bebem
ou o que bebiam:
se água ou
lixo na poesia.
Acordo de manhã,
para o Pólo,
vou estudar,
olhando para o morro
onde moro
que não param
de desmatar.
Minha mãe
vende salgados
para a vida ganhar.
Quando chego
em casa
pego a caixa
e saio a trabalhar.
Mas do que
mais gosto é
de soltar pipa
por lá.
Quando não tenho
nada a fazer
sento perto
da ponte e
fico vendo a
água passar
e a imaginar
que o lugar
onde vivo
vai melhorar
como esta
poesia
que acabo
de inventar.
Poesia de meu ex-aluno, na escola do Pólo Agrícola. Vencedora, a nível estadual, do PROJETO ESCREVENDO O FUTURO.
Juliano Silvério 16/08/2004.
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